ZORA
Localizada ao extremo leste, com seu lado ocidental coberto por Hrast e sua fronteira norte por Meren, a República de Zora é a única das nações de Tellus que não tem contato com o oceano central.
Repleta de matéria-prima importante como petróleo e minerais, a antiga monarquia possuía uma parceria com as indústrias de Hrast para extração de matéria que não podia comercializar independentemente e, por meios de importação, muitas rotas comerciais entre os países eram mantidas também.
Enquanto as elites eram favorecidas por isto, havia um ressentimento crescente da população pelo arranjo. A ideia dos abusos financeiros de Hrast, somados à omissão da coroa e as condições precárias da plebe, culminou em uma violenta revolução, liderada por Mateo Petrova, reconhecido hoje como herói nacional. Em seu levante, Mateo tomou o poder de Zora em nome de seu povo, e nenhum herdeiro da família Bason foi deixado vivo.
O novo governo foi instituído pelos aliados da revolução, uma estrutura populista chamada de o Partido. Mateo foi o primeiro líder deste, o chanceler, e não demorou para que ele cumprisse com suas promessas de independência e atacasse Hrast para assegurar territórios litorâneos ao longo das rotas de comércio que já eram, de qualquer forma, responsabilidade de Zora.
Foi este o início da Grande Guerra. Apesar de seu acesso a recursos ser diminuído, a liderança estratégica e proeza militar de Mateo garantiu a vitória e conquista de diversos territórios. Mesmo quando outros países começaram a envolver-se no conflito, o exército de Zora era implacável, a faísca da revolução se expandia para além das fronteiras do país. As rotas marítimas foram, ao fim, conquistadas.
Mateo, porém, não queria cessar a guerra mesmo depois da conquista. Os exércitos de Zora mantiveram-se marchando para além dos territórios prometidos, e as tropas fatigadas se espalharam na tentativa de auxiliar revoluções de lugares como Zanzibar e Odsek. No fim, o idealismo de Mateo manteve seus solados divididos e cansados de um conflito que já se arrastava por anos. A força combinada dos outros países causou, então, sua derrota.
Atualmente, Zora ainda está se recuperando dos efeitos de grandes embargos econômicos aos quais foi sujeita nas primeiras duas décadas após sua derrota. O país cultiva, porém, um nacionalismo fervoroso disseminado por seus cidadãos por meio de uma mídia ativa e livre. Embora não sejam escolhidos pelo povo, os interessados do partido são diversas famílias e indivíduos que ativamente se inscrevem para o mundo da política como uma carreira, e são aceitos apenas a depender de suas habilidades (e, na prática, muitas vezes suas conexões). O Chanceler, através de uma série de interesses políticos e pessoais, tem o poder de apontar seu sucessor para o governo do país após sua morte. O país possui uma relação abertamente hostil com a Federação, a clamando contrária aos seus princípios de liberdade contra tirania.
