HRAST
Hrast está localizado ao leste do oceano central, com uma longa costa que concentra a maioria de sua população.
O país é governado por uma longeva monarquia, que está sob a constante pressão de lobistas que representam o setor industrial. Hrast é dona das maiores fábricas do mundo, de empresas nacionais e internacionais, uma grande fonte de riqueza no país, que tem boa parte de suas classes baixas no trabalho fabril.
Hrast tem uma fome constante de matéria-prima, que até pouco tempo atrás era saciada em boa parte por seus vizinhos. Zora, principalmente, tinha uma série de acordos econômicos com o país. Em troca de menores taxas para comprar recursos, Hrast ofereceria suas rotas comerciais para o vizinho ao leste, visto que esta não tem contato com o oceano. Tudo mudou após a revolução que derrubou a monarquia de Zora, quando o país decidiu quebrar sua parte do acordo e atacar Hrast, invadindo e tomando o território. Assim, foi iniciada a Grande Guerra, um conflito entre Hrast e Zora que tomaria depois proporções mundiais.
Durante a guerra, uma boa parte da população masculina de Hrast teve de deixar as fábricas para os campos de batalha. Mulheres foram encorajadas a tomar posições em fábricas que voltaram sua produção para a guerra, algo inédito pela cultura patriarcal de Hrast. Pela primeira vez na história do país, a maior parte da força de trabalho era feminina. Quando a guerra acabou e Hrast retomou seus territórios, muitas destas mulheres se mantiveram trabalhando, por interesses próprios e pela alta de veteranos debilitados. Desde então, um fervoroso debate quanto aos direitos das mulheres e à legislação trabalhista (que não prevê leis anti discriminação ou direitos igualitários entre os gêneros) se iniciou no país.
Hrast exibe mudanças cada vez mais notáveis em diversos campos sob a ordem do atual governante. "O rei que não deveria ter sido" assumiu a posição após o falecimento do irmão, que também não tinha mais herdeiros vivos, e foi um dos mais velhos monarcas a vestir a coroa na história do reino. Uma grande reforma foi proposta no último ano, com a instalação de novas políticas de regulamentação que prevê alguns poucos direitos para as trabalhadoras e vistorias ambientais. A produção das companhias drasticamente decresceu, e a queda nas unidades de manufatura tem afetado diretamente a economia.
Algumas das menores regiões de Hrast parecem sofrer com uma alarmante propagação do ecossistema conforme centros industriais são abandonados, criando cidades fantasmas. Os rumores não parecem preocupar os centros urbanos, no entanto, e não há qualquer cobertura midiática sobre uma ocorrência, mais preocupada com o debate de gênero, uma vez que poucas concessões trabalhistas foram feitas. Apesar de ter sido a primeira nação a assinar o tratado que deu fim a grande guerra, e apresentar aparente suporte ao federalismo, tensões começam a surgir entre o governo e a organização desde que o processo de desindustrialização do reino começou, uma vez que as outras nações têm certa dependência de Hrast.
