ELEMENTOS DA MAGIA
Os Elementos da magia, ou as Entidades, são criaturas ainda pouco compreendidas, mas que se entende como a fonte de todos os tipos de magia. Por mais que existam registros sutis das entidades desde os princípios da civilização, pouco se entende sobre elas, magia apenas vista como matéria de superstição. Foi apenas no início da modernidade que o pesquisador Alaric Haynes, atualmente celebrado como pai do ocultismo, conduziu os primeiros estudos acadêmicos sobre a natureza da magia, criando a classificação que usamos até hoje.
As Entidades foram interpretadas de diversas formas ao longo da história. Hoje o ocultismo, ciência dedicada ao estudo da magia e suas fontes, as entendem como seres antigos que residem nas beiras da realidade, capazes de afetar o mundo apenas indiretamente sem poder existir por completo nele. A suspensão das leis naturais em favor das Entidades é o que se chama de Magia, que pode existir na forma de fenômenos únicos ou se manifestar através de criaturas, locais, objetos e propriedades anômalas em seres vivos, incluindo seres humanos. Ao longo da história, muitos entenderam as Entidades como divindades, outros creem que elas são apenas nomes que damos aos diferentes tipos de magia, enquanto outros as veem como seres poderosos que podem ser usados por poder.
"Estes seres, poderes antigos que afetam nosso mundo, eles não podem viver em nossa realidade, mas estão ligados completamente a ela. [...] Apesar de terem vontades próprias, não acho que pensar neles como deuses seja útil. Deuses são conceitos criados por nós, infinitamente poderosos em suas ações, mas ainda humanos em natureza. Não há nada humano sobre eles. Tentar entender a lógica de uma das Entidades é como analisar o que levou o oceano a naufragar um navio. Por todo seu poder e por toda magia que podem gerar, os Elementos não pensam como nós, talvez eles sequer pensem."
- HAYNES, A. Os Elementos da Magia.
ACADEMIA DE ARTES OCULTAS
Alaric Haynes, hoje reconhecido como pai do Ocultismo, recebeu diversos financiamentos para suas pesquisas durante a guerra, na esperança de que o paranormal pudesse ser usado contra Zora. Enquanto nada de grande valor foi realmente posto em prática, a posição social em que Haynes foi deixado no fim da guerra o colocou às vistas da Federação, e pouco tempo após a fundação desta Haynes recebeu o financiamento para a criação da Academia. Mesmo que tenha resignado do cargo antes de seu desaparecimento em campo, o ocultista fez da academia uma grande instituição.
A Academia das Artes Ocultas tem filiais em todos os países, com uma rede de arquivos, bibliotecas, universidades e laboratórios de pesquisa dedicados ao estudo do paranormal. O objetivo da academia, como disposto em seu site institucional é "Ampliar o conhecimento humano sobre o oculto, colocando o paranormal à serviço prático da sociedade". Atualmente, a academia tem como teoria mais aceita que para usar magia de forma segura é necessário que se estabeleça um equilíbrio e ordem estruturada entre as Entidades quando se realiza qualquer ato paranormal.
A academia forma diversos ocultistas por ano, que trabalham em programas próprios de pesquisa ou tentam usar habilidades específicas que aprenderam com o uso de magia para alguma função. Até então, nunca se conseguiu criar uma forma consistente de formar ocultistas em habilidades específicas, pois as relações de cada um com o paranormal parecem profundamente pessoais.
A academia não só regula o uso de magia entre os não ocultistas, como também se coloca à serviço da população, abrindo-se a relatos do paranormal que então investiga e, se necessário, provém auxílio direto com problemas desta natureza.

