ACERVO


「 Documentos 

todo material abaixo foi encontrado em on,

na biblioteca ou em outro lugar.


M-01

"As palavras de Sierra Ghallager ainda estão comigo. Aquela 'Mãe dos Fantoches', como ela a denominou, me preocupa. A Matriz dê certo tem sido um desafio de meus estudos, parece ativamente interessada em algo, mas é difícil imaginar o que planeja. É claro, é pouco reconfortante que ela aparentemente tenha eu como parte de seus planos, ser importante para qualquer uma das Entidades parece-me ruim, mas esta em particular...

O que mais me assusta é o quão pouco sei sobre ela. Então eu comecei a prestar atenção em algumas coisas. Os padrões. Eu sempre tenho encontrado os livros certos, as entrevistas chave, as peças de evidência perfeitas. Um caminho feito para mim, que me leva diretamente para os relatos estranhos em Zora. Eu até mesmo conheci um rapaz que disse que poderia me apresentar para o próprio Rei! É algo sobre outra das entidades, estou certo, mas tudo pareceu tão conveniente... Estes padrões de coincidência, pequenas ações que são tomadas quase inconscientemente, é muito difícil imaginar que a Mãe dos Fantoches não tenha nenhuma relação com isso. Mas por que?

Eu aprendi a reconhecer os sinais melhor agora. A Entidade parece preocupada com simetria e, como no caso de Sierra, a exposição contínua ao poder dela pode ter efeitos físicos, os padrões geométricos que associo com a entidade podem começar a se manifestar na pele, não tenho dúvida que encontrarei algo similar em meu novo associado. Também seguindo a Sra. Ghallager, tecelagem parece outro sinal comum do trabalho da Matriz.

Eu decidi por não viajar a Zora. O que quer que haja lá para investigar-se, provavelmente não vale a pena seguir as vontades de uma destas coisas. Há toda chance de que tudo isso, inclusive minha entrevista com Ghallager, foram um meio da Matriz me levar esta decisão. Talvez o plano sempre foi me paralisar com dúvida, me mantendo longe de certos caminhos de investigação, pois acho que é o que ela quer. É um risco que decidi tomar, pelo menos enquanto acho que minha vontade é minha própria."

- Manuscrito de Elementos da Magia, A. Haynes; Consultado por Reagan Miller.


R-01

"Eu imaginei que a guerra seria horrível. Digo, é óbvio, ninguém senão os fanáticos nacionalistas se alista com alguma idealização do que realmente está acontecendo. E, mesmo sabendo dos riscos, com Harriet grávida eu pensei que (pausa) não sei, talvez valesse a pena os riscos. Idiota, eu sei, mas funcionou. Eu ouvi dizer que o rei vai dar uma pensão para todo mundo que foi invalidado em batalha. É pouco, mas o suficiente para a criança que vai vir. Ela me disse que sua laia lida com essas coisas e, com Stena interessada na guerra... eu tenho minhas dúvidas, mas o que aconteceu não é natural e talvez você possa fazer algo sobre isso, se algo pode ser feito.

Do começo, então. Minha divisão não estava exatamente nas linhas de frente. Eu não sei o quanto eu posso contar dos planos, não que os generais tenham nos dado muita informação. Mas basicamente, a maior parte do meu trabalho era guardar as rotas de Vodeniput, impedir que mercadoria chegasse a Zora, servir de apoio caso as tropas precisassem no contra ataque. Não era para que eles chegassem tão longe no continente. Não era para eu ter encontrado Mateo Petrova.

Acho que de alguma forma todo mundo sabia o que ia acontecer desde cedo. Todos estavam nervosos sem motivo, agitados. Quando o sol começou a descer até eu estava inquieto, tamborilando os pés no chão.

Você pode dizer o que quiser sobre os bastardos de Zora, mas eles entendem de guerra. Mesmo desconsiderando o elemento surpresa, eles varreram a estrada imparáveis. Não é como se eu tivesse visto outras guerras antes, mas tinha algo de errado. Uma alegria estranha quando eles atiravam, sorrindo até mesmo quando caíam mortos. Os gritos e risadas e canções de guerra se misturaram no cheiro de sangue no ar e mesmo enquanto eu fechava os portões da cidade em nosso recuo, eu sabia que não seria o suficiente.

Essa é a parte em que vocês tentam me interditar e eu preciso ser o mais claro o possível que não existe nenhuma chance de qualquer um deles ser um espião. Eu conhecia a maioria deles muito antes da guerra começar. Liam Jeong, nosso sargento, foi o primeiro. Foi a primeira vez que eu o vi chorar, não que tenha durado muito tempo antes dele puxar o pino da granada e criar o buraco pelo qual eles entraram.

Christian Torrence foi quem me fez perder a perna. Nós nunca nos demos muito bem, é claro, mas eu nunca achei que ele realmente me odiava até ver os olhos dele quando me deu o tiro a queima roupa com a escopeta. E eu também não sabia que o odiava até enchê-lo de buracos de bala.

No fim, acho que nos matamos mais do que os monstros que riam e cantavam e dançavam do lado de fora dos muros. E tenho certeza que eles mataram uns aos outros também.

Mateo Petrova marchou pelos portões da cidade para tomá-la, faca em mãos. Ele não parecia feliz como os outros, só... determinado, como se estivesse procurando algo. Ele me viu, no meio dos mortos e só... piscou pra mim. Amigável, o sádico, como se nós fossemos cúmplices. Eu não sei, a este ponto já havia perdido muito sangue e não fiquei acordado por muito tempo. Nós perdemos Vodeniput, e eu fui o único sobrevivente do batalhão."

- Transcrição do Relato de Simon Ackerman sobre sua serventia ao exército de Hrast, encontrado por Nikolina, na biblioteca.


MNP-01

"Nos anos que sucederam a publicação da primeira edição de Elementos da Magia, meus encontros com o paranormal e suas manifestações aumentaram minha compreensão das entidades e seus efeitos no mundo, mas principalmente seu efeito em pessoas.

Minhas pesquisas me colocaram em contato com um grande número de indivíduos que descrevi como "tocados" pelos elementos e entre outros que tomam o manto do ocultismo já se é conhecido o fato de que quando se interage de forma significativa com o paranormal, uma pessoa pode ser considerada marcada pelo aspecto que agiu sobre ela.

No entanto, percebo que nunca cataloguei como uma classe diferente aqueles que parecem trabalhar em prol dos elementos, ao invés de usá-los para seus fins. Enquanto as entidades de certo tem seus lados bons e práticos, como o presente do conhecimento, a presença e proliferação da vida e a paz e concórdia, sua instabilidade e periculosidade me torna inconcebível que alguém possa genuinamente desejar servi-las, se é que pode ser chamado assim.

No entanto, consigo observar que muitas pessoas permitem por suas ações que o poder adquirido das entidades flua por elas. Assim, estes indivíduos, talvez por sua exposição, escolhem deixar de ser humanos para se tornar algo a mais. Por suas características, eu convencionei em chamá-los de Avatares.

Se tornar um avatar, como muitas coisas no ocultismo, é uma categorização subjetiva. Há todo um espectro e é impossível determinar exatamente em que ponto qualquer pessoa deixa de ser humana. Ser um avatar pode ser uma escolha deliberada, o resultado de exposição ao paranormal e seus elementos ou até mesmo um aspecto hereditário de sua criação.

Independente da origem, é evidente que eles agem pelas entidades mesmo que inconscientemente e para tal, muitos deles exibem habilidades ou propriedades anômalas. A entidade relacionada ao avatar é parte integral de como este se comportará e o quão humana sua aparência será mantida. Muitos deles deixam de envelhecer ou (como testado inúmeras vezes por Jericho) não podem ser mortos por meios mundanos se estiverem muito avançados na trilha de suas entidades.

Minha preocupação, naturalmente, é em como-"

- Rascunho não publicado de Elementos da Magia; Encontrado por Sierra Kavanagh, Misha Zenik e Cassandra Warren, na biblioteca.


P-01

- Páginas encontradas na biblioteca, por Zaharina e Índigo.


R-03

- Relatos encontrados por Yuna e Kayla, na biblioteca.


P-02

- Página encontrada por Cassandra Warren.


「 Visões 

sonhos e visões tidos por

 personagens em on.


V- 01

"Das fraldas, ao casamento ingrato, à viuvez, aos sussurros de revolução, sua chance de ascensão social. Para quem lutou durante toda a vida, não foi muito difícil continuar lutando, agora que tinha uma causa. Talvez até mesmo sem uma causa. O que você era, sem luta, Hilda? A coisa dentro de você que gritava para mantê-la movendo-se. Você nunca tinha conhecido Mateo antes de tornar-se uma dentre seus generais. Por que ele a confiaria nesta batalha? Vodeniput era essencial, o território que definiria tudo, sua entrada para Hrast e o prometido oceano. Ele não tinha outro general de maior confiança para este momento?

E então você o ouviu falar pela primeira vez, conforme ele discursava às tropas. E, mesmo que as palavras lhe escapem da memória, você entendeu. Você sentia a coisa que gritava dentro do Mateo, e o mantinha falando. A manhã chegou, como todas faziam. Você estava ao lado de seu próprio batalhão, ao lado de Markus, seu tenente-general, e outras coisas quando as tendas se aquietavam na noite. Ele parece mais nervoso do que você, sua mão firme no próprio rifle. Mas seu pé, nota, bate repetidamente no chão. É lento, não lhe parece um tique. Parece... rítmico, quase. Outros soldados o fazem também, em antecipação. O primeiro tiro soa, distante. Você grita uma ordem de avanço, ou pelo menos acha que grita. Não consegue se lembrar do que aconteceu nessa batalha.

Você sabe que ganhou, quando volta a si no meio dos campos. O grito não parece ter deixado sua boca, as bandeiras brancas do inimigo estão ao chão, tingidas de suas entranhas. Sorri, Hilda, você conseguiu. Os portos de Hrast serão de Zora, graças a você. Abaixo de sua bota, o rosto de Markus está, frio. Sua baioneta está enterrada nele, mas você ainda consegue reconhece-lo. É estranho. Você sabe que fez isso, mas não se lembra como, ou por que. Acha que devia se sentir pior por isso, mas a alegria da vitória toma tudo."

- A vida de Hilda Gertraud, concedida por uma visão por Nosso Senhor Revelador dos Segredos à Kiki, na biblioteca.


S-01

"Deveria sair daqui", você disse.

"Por que ainda não está lá?" repetiu, uma e outra vez, até que o som se tornasse insuportável. É a sua voz, afinal, mas nota que não parece ser você. Não sente como se seus lábios estivessem se movendo e não sabe do que está falando.

Então, a coisa com a assustadora habilidade de imitar sua voz entra em seu campo de visão: três olhos e asas escuras voando em sua direção. É claro que o corvo é familiar a você, Nikolina. Não tinha notado antes a ausência de um cenário, mas agora enquanto ele se aproxima e seus arredores tomam forma, percebe que tudo era uma tela em branco apenas um segundo atrás.

Há um campo que se estende vazio, e um caminho de folhas vermelhas que segue até o topo de uma pequena colina. E ali está a árvore, que também te é familiar. Não importa o quanto o lugar mude, ela é sempre a mesma, não?

Parece te encarar lá de cima; chamando por você. O corvo pousa em seu ombro com um gesto que levanta uma dúzia de folhas do chão, e então volta a se afastar até o tronco, um óbvio sinal para que o siga.

O que você encontra, no entanto, não se parece com nada que tenha visto na árvore antes. Em um dos galhos, a vegetação carmesim se dobra sobre si mesma, farfalhando ao abrir uma fresta para te mostrar que há uma rosa dourada entre ela.

Quando você a toca, é tomada pela sensação conhecida de ser puxada ao ponto de vista de alguém, como se simplesmente tivesse sido teletransportada a uma cena em um corpo que não te pertence. Exceto, que esta parece incompleta. Uma conversa acalorada acontece as suas costas, você escuta o tilintar de copos e o cheiro do álcool, mas ainda que tentasse olhar para trás, qualquer imagem se mostra turva.

Tem a sensação de que a ventilação é a rasa, e a única coisa realmente em foco na sua visão são os degraus de uma escadaria. Você está subindo os primeiros deles até o segundo andar quando o corrimão começa a piscar, ocasionalmente substituído por rosas entre folhagem vermelha.

Quando pisca, está diante da árvore outra vez. As rosas se foram, assim como o corvo. Resta somente aquelas mesmas folhas se agitando com o vento, e os entalhes no tronco que naquele ângulo te lembram muito um rosto.

"Deveria sair daqui", a árvore diz.

"Por que ainda não está lá?"

Então, você acorda em sua cama.

- Sonho de Nikolina. 


V-02

"Judith passa pela janela rapidamente, caindo cripta a dentro. Quando ela olha para o chão a sua volta, porém, não vê pedaços de vidro quebrado. A janela, na verdade, está mais do que inteira, e muito mais limpa do que parecia por fora. As portas se abrem subitamente com um feixe de luz.

"Shhhhh, por aqui." você não conhece a mulher, apesar de vagamente familiar. ela segura uma lanterna acesa. O lado de fora é escuro, e atrás dela, enquanto fecha-se a porta, cambaleia um homem vestido em trajes muito mais modestos do que os de sua companheira. Um grande sobretudo que parece muito irregular em sua forma, como se o tecido escondesse mais do que a silhueta da pessoa abaixo. Nenhum deles dá qualquer sinal de que a vê, mesmo que mais de uma vez tenham olhado em sua direção. 'É aqui que eles deixam os nossos. Eu vou pra cá um dia vai ser bem...' ele toca o ombro dela enquanto procura, os olhos escuros da mulher ficam cada vez mais vagos enquanto buscava dentre as lápides 'Não importa. Olha, me desculpa por não deixarem você entrar. Os Petrov tem colocado muita pressão na segurança do panóptico e...' ela olha para a janela, nervosa, e se reajusta se aproximando mais da parede. ele não segue. ela suspira, o frio faz sua respiração se condensar em vapor. A dele, não. 'Minha família é complicada. E, apesar dos lapsos, eu ainda quero ficar com você. Eu juro, é só que' ela é interrompida quando ele a beija.

A visão se desfaz como tinta escorrendo pela tela do mundo. Judith está na cripta vazia, consideravelmente mais envelhecida. Consideravelmente mais cheia."

- Visão concedida a Judith Catalina, na Cripta.


「 Imagens

fotografías, símbolos, pinturas e etc.

*encontrado na Ilha na zona x, por cassandra.

*encontrado na biblioteca, por patience arbrow.


ᵀᴹ Grazindinha
Desenvolvido por Webnode
Crie seu site grátis! Este site foi criado com Webnode. Crie um grátis para você também! Comece agora